Minha vez.
- Dois sacos de gelo. Quanto ?
- Doze reais e cinquenta centavos, senhor.
- Por favor, pode incluir mais estes dois chicletes ?
- Quatorze e noventa, senhor.
- Não ... quatorze e cinquenta ....
- Não senhor... cada chicletes custa um e vinte !
- Acho que não ... O preço é um real, cada ...
- Não, senhor. Aqui no meu sistema está a um e vinte ...
- Mas na prateleira está anunciado a um real.
- Sinto muito, senhor, mas não posso fazer nada ...
- Pode sim ..... cobrar o que está anunciado ....
A fila atrás de mim crescendo. Um minuto após , impasse criado ...
- Porque não chama seu gerente ?
Mais um minuto de silêncio ....
- Seu CAAAAARLOS !
Outro minuto que pareceu uma eternidade e chega seu Carlos. Um metro e oitenta, boné à la Neymar, brinquinho de pingente e óculos de surfista.
- Seu Carlos, este senhor diz que o preço do chicletes é um real e aqui está a um e vinte ....
Um olhar de desprezo sobre mim e o veredicto final :
- Pode receber por um real mesmo. Por quarenta centavos .......
E lá se foi seu Carlos sem ao menos me dar tempo de agradecer-lhe por seu ato de bondade.
Volta a moça para sua máquina de calcular.
- Quatorze e noventa menos quarenta centavos ......., murmura
E a fila crescendo ...
- Crédito ou débito ? , pergunta ao recebeu o cartão .
- Crédito, por favor.
- Senha, por favor.
Recebo o tíquete-recibo e noto : treze reais e vinte centavos !!!!!
- Moça, você me cobrou a menos ...
Vários pigarros na fila.
- Tudo bem .... deixa pra lá ...
- Não, você me cobrou um real e trinta centavos a menos ....
E ela volta à calculadora de mão.
- Doze e cinquenta ...... mais ...... dois reais .........É mesmo .... !!!, exclama.
- Tome, aqui estão dois reais e trinta. Tire a diferença.
Mais um minuto de cálculo. A esta altura resmungos e abandonos da fila.
- Está certo, um real. Aqui está seu troco, obrigado.
Conto as moedas recebidas : setenta centavos !!!
Desisto ...
- Obrigado, moça, e um bom dia.
- Bom dia.
Saio sem coragem de olhar para trás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário